quinta-feira, 12 de janeiro de 2017


A Turbulenta Rua 24 Horas



A idéia inicial era manter uma galeria aberta ao público 24 horas por dia, em Curitiba. Então foi projetada e executada para ser assim, como se a administração municipal copiasse o Criador e dissesse: “Faça-se uma galeria que funcione 24 horas e seja próspera”. O projeto foi feito e executado, só que... detalhes.

Inaugurada em 1992, é a primeira rua desse estilo no Brasil. A Rua 24 Horas é um espaço coberto, com variadas opções de lazer, comércio e serviços, e que simplesmente não dormia, todavia esqueceram-se da espiritualidade, pois que não tem nenhum espaço pra orações, petições, agradecimentos, louvores e adorações a DEUS.

É ponto de encontro e entretenimento para turistas e curitibanos, sendo bohemios ou curiosos. Possui revistaria, lojas de roupa e artesanatos, antiquários, galeria de quadros, refeitório livre, lanchonetes, bares ou pubs, restaurantes, acesso à Internet, farmácia, floricultura e banco 24 horas. Parece Alice no País das Mil Maravilhas.

A galeria possui 116 metros de extensão. Construída em estrutura metálica tubular em forma de arcos e cobertura de vidro. O projeto é dos arquitetos Abrão Assad, Célia Bim e Simone Soares.

Dois grandes relógios, um em cada entrada (ou saída), marcam horas em 24 intervalos, em lugar de 12. São iluminados e comandados por uma central eletrônica a quartzo. Logicamente tem um vigia que cuida, porque nem a polícia militar e nem a guarda municipal podem garantir a segurança total do local.

A Rua 24 Horas é uma transversal às ruas Visconde do Rio Branco e Visconde de Nacar, no Centro. É administrada pela URBS – Urbanização de Curitiba S.A.

Entretanto houveram turbulências processuais e desacordos entre a construção e a administração do lugar. A construtora de tal imponente obra entrou em discussão judicial por erros de pagamento e de serviços e tentou uma lograda equiparação de danos morais, que todas as cortes de justiça observaram tiro saindo pela culatra, pois numa ação indenizatória de escandalosos 100 mil reais, a mesma autora agora, depois de 7 anos processuais, deve pagar coincidentes 7 mil reais de custas processuais com incluso honorários advocatícios.

Problemas também vieram com usuários de drogas e reuniões de jovens homossexuais na parte de trás da Rua 24, ainda mais quando havia encontro de grupos rivais como os "skinheads" e causavam turbulentas rixas que só DEUS pra dar livramento do pior.

Nesse momento, o Município de Curitiba reconheceu a dificuldade de promover a ordem , a efetiva segurança no local e o pouco investimento pra manter o local funcionando sem parar e decidiu, dessa maneira, que não seria mais 24 horas a atuação, mas seu funcionamento iria até meia noite e voltava de manhã às 7 horas. Ficou na lembrança o nome 24 horas, que só tem poder esse nome na área da segurança privada que atua no local.

Vindo então a ser reformada 9 anos depois de sua fundação, em 2011. E voltou nesses últimos parâmetros funcionais. Tem prosperado dessa forma e encontros de tribos não ocorrem mais graças a ordem policial.

https://luanmesan.jusbrasil.com.br/artigos/418498622/a-historica-rua-24-horas
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